Na medicina, uma ferida que demora mais de quatro semanas para cicatrizar é alvo de alerta e deve ser imediatamente investigada. Muitas podem se dar por causas benignas, facilmente tratadas, outras podem ter um diagnóstico mais sério e exigir um tratamento mais longo, e específico. Se você tem uma dessas ou conhece alguém com essa queixa, vem com a gente saber o que pode ser…
Como já falamos em outros posts, existem alguns tipos de úlceras que podem aparecer na região dos membros inferiores.
A úlcera venosa, a arterial, a neuropática e a úlcera por pressão. Destinamos um post completo para cada uma delas e nesse aqui, falaremos especificamente da úlcera arterial.
Esse tipo de úlcera pode aparecer devido a uma insuficiência arterial crônica ou aguda da pele e dos tecidos subcutâneos das extremidades inferiores.
A causa mais comum do aparecimento das úlceras arteriais é uma doença crônica chamada aterosclerose.
As artérias precisam ficar livres para o bombeamento do sangue, quando isso não ocorre devido às gorduras que ficaram presas em suas paredes, o paciente pode ter um infarto, um trombo ou até mesmo uma parada cardíaca, já que essa doença pode aparecer em qualquer artéria do nosso corpo. Sendo assim, ela pode ser fatal quando aparece em artérias do coração ou do cérebro. Quando ocorrem nos membros inferiores podem levar a amputação.
Como estamos focados nas feridas das pernas que não cicatrizam, vamos nos ater aos membros inferiores. A úlcera nesse caso é uma complicação desta doença.
Um fato interessante é que geralmente o aparecimento de uma úlcera, está ligado a um traumatismo, como um machucado num dos dedos dos pés, uso contínuo de calçados muito apertados ou frouxos demais. As úlceras arteriais podem ocorrer isoladas ou junto com os fatores descritos abaixo:
Uma características desse tipo de ferida é que, sem o tratamento ideal, elas podem levar a amputação de dedos, pés ou até mesmo de toda a perna.
Esse tipo de úlcera é menos comum que a Úlcera Venosa. Num universo de 100 úlceras, as arteriais representam de 10 a 25%, enquanto as Venosas e Neuropáticas lideram entre 70 e 80% das feridas em membros inferiores. Embora menos frequente, são mais graves, podendo levar a perda do membro.
As Lesões Arteriais de Pés e Pernas normalmente têm as seguintes características:
Nem tudo na vida está sob nosso controle, não é mesmo? Mas a prevenção ainda é a melhor maneira de tentarmos nos manter o mais saudável possível.
As doenças venosas e arteriais, são doenças do sistema circulatório, por esse motivo precisamos exercitá-lo e viver com hábitos saudáveis. Veja algumas dicas que podem te ajudar a prevenir as dolorosas feridas nas pernas:
Ficou com dúvidas? Peça ajuda a familiares e amigos mais próximos, veja se eles também notam o que você percebeu;
Caso identifique qualquer anormalidade procure um profissional de saúde habilitado aqui na Cicatriza, ele lhe dará um atendimento e orientações adequadas;
Agende uma consulta e exponha ao profissional a alteração que você notou, diga que você deseja evitar o aparecimento de uma úlcera em sua perna, já que agora você já conhece os fatores de risco e o que te ajuda a preveni-las.
Pretendemos alcançar dois objetivos com o tratamento das úlceras arteriais :
Algumas mudanças no estilo de vida, como citamos acima neste mesmo artigo, podem ajudar o paciente a alcançar esses dois objetivos, mas o tratamento médico com profissionais especializados, aqui na Cicatriza, também é necessário.
O tratamento pode ser feito com o uso de determinados medicamentos, como os destinados a abaixar os índices de colesterol e de pressão arterial, controlar os níveis de glicose no sangue, afinadores do sangue e analgésicos para interromper e aliviar a dor. IMPORTANTE! Não se automedique. O que faz bem para sua vizinha, mãe ou irmã pode não ser adequado para o seu caso. Nos procure que teremos o tratamento certo para o seu problema!
Vamos finalizar este artigo com uma boa notícia: Os tratamentos para essas feridas nas pernas!
As lesões que apresentam dor intensa, não conseguem cicatrizar apenas com os curativos que normalmente se usa nos casos das úlceras. Nesse caso o problema principal, que é a falta de sangue, não será resolvido. Para esses casos, existem 2 tipos de tratamentos que a Cicatriza pode oferecer.
São eles:
Esse tratamento é exatamente como um cateterismo cardíaco, só que nos membro inferiores, consiste na colocação de um cateter com um pequeno balão na sua extremidade dentro da parte comprometida da artéria, depois enche-se o balão para romper a obstrução. Normalmente requer só um ou dois dias no hospital e evita intervenções cirúrgicas de maior competência. O procedimento não causa dor, mas pode ser algo incômodo, porque o doente tem de permanecer deitado e imóvel numa mesa de radiologia, que é dura. Administra-se um sedativo suave, mas não uma anestesia geral. Procedimento minimamente invasivo, recuperação mais rápida, mas ainda demanda um alto custo para o paciente.
Esse tipo de tratamento é usado quando a doença compromete grande extensão dos vasos. Ele abre um novo caminho com enxertos, para que o sangue possa voltar a passar. Cirurgia invasiva, onde é construída uma ponte por cima do local obstruído, sendo assim possível que o fluxo sanguíneo e o oxigênio voltem a passar por toda a artéria. A recuperação é mais demorada, é utilizada anestesia no paciente e a cirurgia pode durar cerca de cinco ou mais horas.
A PONTE DE SAFENA, é um bypass que retira a veia safena do seu leito, a utiliza para fazer a ponte e assim desviar o sangue até o local comprometido.
Para analisar o lugar mais apropriado para o enxerto, alguns exames são pedidos, neles é possível ver claramente onde está o bloqueio:
Ultrassom Duplex (Ecodoppler) – exame não invasivo que utiliza ondas sonoras para medir o fluxo de sangue em tempo real e detectar bloqueios ou outras anormalidades na estrutura das artérias;
Arteriografia – exame invasivo que necessita de raio X e contraste, mas muito preciso;
Angiografia por ressonância magnética (Angioressonância) – utiliza campos magnéticos e ondas de rádio;
Angiotomografia computadorizada – que usa corantes de contraste e raios X.
Agora que você já sabe os principais sintomas da úlcera arterial ficará mais fácil para você identificar aquela ferida que não cicatriza.
Quer saber mais sobre as feridas difíceis de cicatrizar?
Estamos prontos para te ajudar! Tire suas dúvidas ou agende uma consulta, temos o atendimento adequado para o seu tipo de problema.